A Ascenção de Jesus (a paz esteja com ele) e não a sua Crucificação
Era da natureza dos sacerdotes judeus desmentirem os seus profetas e matá-los como Deus informou isso e descreveu a natureza da agressão, dizendo:
“Concedemos o Livro a Moisés, e depois dele enviamos muitos mensageiros, e concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidências, e o fortalecemos com o Espírito da Santidade. Cada vez que vos era apresentado um mensageiro contrário aos vossos interesses, vós vos ensoberbecíeis! Desmentíeis uns e assassináveis outros!” (Al Bacara, 2: 87)
Não é de surpreender a sua busca de matar Jesus (a paz esteja com ele), a quem Deus salvou deles. A doutrina dos muçulmanos quanto ao Profeta Jesus, filho de Maria (a paz esteja com ele), que não morreu, não foi morto ou crucificado, mas ascendeu ao céu em seu espírito e corpo e que vai retornar antes do Dia do Juízo Final. Todos os adeptos do Livro irão crer nele, como Deus informou isso, dizendo:
“(Porém, fizemo-los sofrer as consequências) por terem quebrado o pacto, por negarem os versículos de Allah, por matarem iniquamente os profetas, e por dizerem: Nossos corações estão insensíveis! Todavia, Allah lhes obstruiu os corações, por causa de sua incredulidade. Em quão pouco acreditam! E por blasfemarem e dizerem graves calúnias acerca de Maria, e por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Allah, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, mas o confundiram com outro. E aqueles que discordam quanto a isso estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, mas apenas conjecturas para seguir; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Allah fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo. Nenhum dos adeptos do Livro deixará de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte, e, no Dia da Ressurreição, testemunhará contra eles.” (An-Nissá: 155-159)
Isso é patente para os muçulmanos. Ibn Abbas, o douto da comunidade (que Deus esteja satisfeito com ele) disse: “Quando Deus quis ascender Jesus ao céu, ele apareceu perante seus doze discípulos. Como havia uma fonte na casa, apareceu com a cabeça pingando água. Disse: ‘Haverá dentre vocês quem me rejeitará doze vezes, depois de ter crido em mim.’ Então disse: ‘Quem de vocês quer parecer comigo, ser morto em meu lugar, e estará comigo no mesmo grau?’ Um dos mais jovens se levantou. Ele lhe disse: ‘Senta.’ Perguntou-lhes novamente, e o jovem se levantou novamente. Disse-lhe: ‘Senta.’ Perguntou-lhes de novo, e o jovem se levantou e disse: ‘Eu.’ Disse-lhe: ‘Então é você mesmo.’ Foi-lhe dada a semelhança de Jesus e este foi elevado do compartimento da casa aos céus”. Ibn Abbas continuou: “E a ordem dos judeus foi recebida, prenderam o semelhante e o crucificaram, matando-o. Alguns deles negaram Jesus doze vezes, depois de terem acreditado nele. Eles se dividiram em três partes. Uma parte disse: “O servo de Deus estava conosco e ascendeu aos céus”, e esses são os Jacobitas. Outra parte disse: “O filho de Deus estava conosco e Deus quis, ascendeu-o aos céus.” Esses são os nestorianos. Outra parte, ainda, disse: “Estava conosco o servo de Deus e Seu Mensageiro e Deus quis, e o ascendeu até Ele.” Esses são os muçulmanos. As duas primeiras partes subjugaram a muçulmana e a eliminaram. O Islam permaneceu oculto até que Deus enviou Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz).
Deus explica, mostrando a captura real e a elevação de Jesus (a paz esteja com ele) dizendo:
“Porém, (os judeus) conspiraram (contra Jesus); e Deus, por Sua vez, também conspirou, porque é o melhor dos conspiradores. E quando Deus disse: Ó Jesus, por certo que porei termo à tua estada na terra; ascender-te-ei até Mim e salvar-te-ei dos incrédulos, fazendo prevalecer sobre eles os teus prosélitos, até ao Dia da Ressurreição. Então, a Mim será o vosso retorno e julgarei as questões pelas quais divergis. Quanto aos incrédulos, castigá-los-ei severamente, neste mundo e no Outro, e jamais terão protetores. Quanto aos crentes, que praticam o bem, Deus os recompensará; sabei que Deus não aprecia os injustos.” (Ál-‘Imran, 3:54-57)
A doutrina de assassinato, de crucificação e de redenção no cristianismo, foi introduzida pelos judeus, pelos nestorianos e pelos cristãos e os seus seguidores na religião de Cristo, Jesus, filho de Maria, e assim eles afirmam que Deus deu Seu filho, Jesus, para ser morto para a redenção da humanidade, que ninguém deve se constranger de fazer o que quer, uma vez que Jesus redime todos os seus pecados. Não há dúvida de que isto corrompe as pessoas e não as reforma. Como a vida das pessoas se endireita sem um método para ser seguido, sem limites para vedá-los? Que método é esse perante o método divino trazido pelo Islam e que mostra que toda a alma é depositária das suas ações, como Deus informa isso, dizendo:
“Toda a alma é depositária das suas ações” (Al Muddacir, 74: 38)
E que toda pessoa vai ser responsabilizada por suas ações, e não pela ação de outra. Se for bom, bom será, se for mau, mau será, como Deus informou isso, dizendo:
“Quem se encaminha, o faz em seu benefício; quem se desvia, o faz em seu prejuízo, e nenhum pecador arcará com a culpa alheia. Jamais castigamos (um povo), sem antes termos enviado um mensageiro.” (Al Isrá, 17:15)
Mas a doutrina do assassinato, da crucificação e da redenção na religião cristã que diz de Deus sem o conhecimento, caluniando-O, como Deus informou isso, dizendo:
“Ai daqueles que copiam o Livro (alterando-o) com as suas mãos, e então dizem: Isto emana de Allah, para negociá-lo a vil preço. Ai deles, pelo que as suas mãos escreveram! E ai deles, pelo que lucraram!” (Al Bacara, 2:79)
Deus tomou o compromisso e a promessa dos filhos de Israel, de crerem no que Jesus (a paz esteja com ele) trouxe e agirem de acordo com ele, crerem no que anunciou do envio de um Mensageiro que virá depois dele, mas eles trocaram e distorceram, discordaram, então rejeitaram e descreram. Por isso, Deus os castigou com hostilidade e ódio entre eles, neste mundo, e o tormento na Outra Vida, como Ele, Exaltado Seja, diz:
“E também aceitamos a promessa daqueles que disseram: Somos cristãos! Porém, esqueceram-se de grande parte do que lhes foi recomendado, pelo que disseminamos a inimizade e o ódio entre eles, até ao Dia da Ressurreição. Allah os inteirará, então, do que cometeram.” (Al Máida, 5:14)
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