Epílogo

Na verdade, Jesus (a paz esteja com ele) é o único Mensageiro a respeito dos qual as pessoas diferiram fortemente. Os doutos judeus da nação judaica insultaram-no com os maiores e piores insultos, descreveram-no com as mais feias e sujas figuras. Os doutos dos cristãos exageraram em sua veneração, reivindicaram sua divindade e filiação a Deus, e que é o terceiro da Trindade. Porém, foi pela graça de Deus que a Nação do Islam - tal é a graça de Deus, que a concede a quem Lhe apraz - que Deus a orientou para a verdade quanto à verdade sobre Jesus (a paz esteja com ele). Ela assumiu uma posição intermediária entre as duas nações anteriores, a respeito de Jesus. Ela o elogiou e o isentou das afirmações dos judeus. Não exagerou a seu respeito como fazem os cristãos. Disse a resoeito dele, que é servo e Mensageiro de Deus, como Deus revelou isso para o Seu Mensageiro no Alcorão Sagrado.

Esta é a realidade de Jesus (a paz esteja com ele), que amamos como muçulmanos e nos aproximamos de Deus com o seu amor como fonte pura, isento da obscenidade e da imoralidade, um nobre Mensageiro, descendente de profetas e mensageiros nobres e acreditamos que a falta de amor por ele e a falta de fé nele e na sua mensagem é apostasia no Islam, uma negação do Alcorão e do mestre dos Mensageiros, Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) e que merece a perenidade no Inferno.

Esta é a verdade sobre Maria (a paz esteja com ela) como consta no Alcorão e explicado pelo Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) e como acreditam os muçulmanos, pura, casta, livre de todo o mal e da obscenidade, de uma família decente e estirpe nobre. Estou certo de que toda pessoa justa que ler o que consta no Alcorão a respeito desse nobre Profeta reconhece que é a verdade que deve ser seguida, e com certeza também que não tem um livro ou religião que elogia, venera e honra esta família e este mensageiro como o Islam faz, que lhe dá o status digno dele, ou seja, o status de servidão a Deus com que Deus o honrou, como honrou outros profetas. Todos os profetas (a paz esteja com eles) encontraram, pela causa de alcançar este objetivo - a servidão a Deus – nas mãos dos doutos de seu povo de sofrimento e de negação. Alguns foram mortos e outros torturados, alguns foram presos porque trouxeram o que contraria e se opõe a muito do que estavam praticando em atos de adoração, de doutrinas falsas, de sistemas sociais injustos e inibiram um monte de desejos diabólicos pervertidos. Noé (a paz esteja com ele) sofreu injúrias de seu povo durante novecentos e cinquenta anos, e ficou paciente. Dues salvou-o e destruiu seu povo incrédulo com o dilúvio. O Profeta Abraão, (a paz esteja com ele) foi rejeitado por seu povo e foi lançado no fogo. Deus transformou o fogo em algo frio e o salvou, destruíndo os seus inimigos, ajudando-o contra eles. O Profeta Moisés (a paz esteja com ele) foi rejeitado pelo Faraó e perseguido pelas circunstâncias e foi tramado contra ele para matá-lo. Deus o salvou, auxiliando-o, e destruiu e afogou o seu inimigo juntamente com seus soldados. E Jesus (a paz esteja com ele) é daqueles mensageiros que foram expostas a negação pelos doutos dos filhos de Israel e o falar dele mentiras das quais ele é inocente, como a alegação que é bastardo e sua mãe, uma prostituta – que Deus os livre de tal falsa acusação - numa tentativa de afastar as pessoas dele, como tentaram deliberadamente matá-lo. Deus o salvou e o ascendeu, e foi morto quem teve semelhança com ele. Deus auxiliou seus seguidores e fez sobressair sua religião. Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) encontrou de seu povo politeísta e dos doutos judeus e cristãos descrença e zombaria e tentativa de homicídio. Ele ficou firme e Deus o auxiliou, suprimiu seus inimigos e fez sobressair a sua religião em detrimento de todos os incrédulos.

Jesus (a paz esteja com ele) não é como alegam os doutos cristãos dos filhos de Israel, de que é Deus ou o Filho de Deus ou é o terceiro da Trindade – Exaltado Seja Deus de tudo isso – Se ele fosse como dizem seria capaz de introduzir a fé nos corações de todas as pessoas e fazê-los acreditariam, uma vez que possuia esse status, esse era o seu desejo e sua vontade. Como foi incapaz de alcançar isso?! Se ele fosse Deus, que divindade é esta, que não pode se defender de sua criação que conseguiu matá-lo?! Se fosse o filho de Deus, como essa divindade teve o prazer de matar seu filho – longe está Deus disso!

A verdade, porém, é que os doutos cristãos dos filhos de Israel resolveram fazer isso em uma tentativa de desacreditar esta personalidade abençoada, pura e piedosa, por inveja, para desviarem as pessoas dele. Todos os Profetas, incluindo Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) não escaparam dessas tentativas. Deus mostrou a mentalidade com que seu povo pensava, construída sobre a inveja; Ele diz: “E disseram: Na verdade, por que não foi revelado este Alcorão a um homem célebre, de uma das duas cidades (Makka e Taif)? Serão eles, acaso, os distribuidores das misericórdias do teu Senhor? Nós distribuímos entre eles o seu sustento, na vida terrena, e exaltamos uns sobre outros, em graus, para que uns submetam os outros; porém, a misericórdia do teu Senhor será preferível a tudo quanto entesourarem.” (Az Zukhruf, 43:31-32)

Deus, Glorificado e Exaltado Seja nos abençoou com a mente e a fez a diferença entre nós e as outros criaturas. Deixemos que esta mente pense para nos mostrar o bem do mal e o correto do errado. Não há na religião de todos os profetas o que contraria o instinto certo, a mente sã. O que existe desse tipo é algo introduzido na religião de Deus e faz parte da imposição de Satanás sobre o filho de Adão para desviá-lo do caminho certo e levá-lo para o caminho da sedução. Seja, querido leitor, daqueles que se lerem pensem, se pensarem, comparam, se compararem seguem as melhores palavras para que sejam daqueles que Deus elogiou, dizendo: “Mas aqueles que evitarem adorar ao sedutor e se voltarem contritos a Allah, obterão as boas notícias; anuncia, pois, as boas notícias aos Meus servos, que escutam as palavras e seguem o melhor (significado) delas! São aqueles a quem Allah encaminha, e são os sensatos.” (Az Zúmar, 39:17-18)

Um apelo que dirigimos a todos os não-muçulmanos e aos adeptos do Livro em especial, um apelo honesto com orientação divina que Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) dirigiu a quem o rejeitou anteriormente e se tornou um slogan para seus seguidores depois dele, onde Deus diz: “Dize-lhes: Ó adeptos do Livro, vinde, para chegarmos a um termo comum, entre nós e vós: Comprometamo-nos, formalmente, a não adorarmos senão a Deus, a não Lhe atribuirmos parceiros e a não nos tomarmos uns aos outros por senhores, em vez de Deus. Porém, caso se recusem, dize-lhes: Testemunhai que somos muçulmanos.” (Ál-‘Imran, 3:64)

Purifiquem os corações do rancor, da inveja e do ódio que cega a visão e desvia da verdade, pois já desviou os corações dos anteriores a vocês e cegou as suas percepções de seguirem a verdade, cujo final será a perda manifesta, como Deus explica isso, dizendo: “Muitos dos adeptos do Livro, por inveja, desejariam fazer-vos voltar à incredulidade, depois de terdes acreditado, apesar de lhes ter sido evidenciada a verdade. Tolerai e perdoai, até que Allah faça cumprir os Seus desígnios, porque Allah é Onipotente.” (Al Bacara, 2:109)

Os judeus e os cristãos costumavam anunciar através de seus livros a vinda de um mensageiro derradeiro e acreditavam que seria dos filhos de Israel, e eles sabiam que ele surgiria em Madina, que era chamada de Yaçrib. Por isso, suas comunidades se reuniam dentro e ao redor de Madina. Quando surgiu o que contrariava suas aspirações e expectativas com a missão de Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) descreram nele e se afastaram. Deus não precisa deles e abe em quem confiar a Sua mensagem, como explicou isso, dizendo: “Quando, da parte de Deus, lhes chegou um Livro (Alcorão), confirmante do deles, apesar de antes terem implorado a vitória sobre os incrédulos, quando lhes chegou o que sabiam, negaram-no. Que a maldição de Deus caia sobre os incrédulos!” (Al Bacara, 2:89)

A convocação realizada pelos muçulmanos e tentm comunicá-la aos outros deriva de seu amor benéfico a eles quer seja mundano, uma vez que faz parte da aptidão do muçulmano se a favor da estabilidade das comunidades vizinhas, a fim de poder através desta estabilidade, transmitir a mensagem de seu Senhor e trabalhar para alcançar seus ensinamentos que estabelecem a comunidade virtuosa ou na Outra Vida pelo que transmitem sobre os ensinamentos divinos que seriam a causa de fazê-los ingressar no Paraíso e salvá-los do Inferno, e o motor para essa convocação é orientação divina que os ordena a fazê-lo. Deus, Exaltado Seja, diz: “E que surja de vós um grupo que recomende o bem, dite a retidão e proíba o ilícito. Este será (um grupo) bemaventurado.” (Ál-‘Imran, 3:104)

Finalmente o meu desejo que este livro seja o início de pesquisa e investigação que elimina a dependência de pensar daqueles que têm uma firme vontade de aprender o caminho certo, e os meus sinceros votos para que todos possam acessar a verdadeira felicidade cujo sede é a fé em Deus e no que ele enviou, como Deus informa, dizendo: “Que são crentes e cujos corações sossegam com a recordação de Allah. Não é, acaso, certo, que à recordação de Allah sossegam os corações?” (Ar Ra’d, 13:28)

E o que eu creio, como muçulmano, que o homem não irá ser agraciado por ela somente sob a sombra de uma grande religião que dá a todos os seus direitos tanto em termos de relacionamentos humanas, físicos e espirituais e tudo isso, creio, está disponível na religião do Islam. O que encontramos de adversidade e miséria psicológica nas sociedades não-muçulmanas, apesar de suas conquistas de luxo, desenvolvimento e progresso que podem preceder o seu tempo é devido à sua distância da fé em Deus, a verdadeira fé baseada no monoteísmo e na crença no invisível, que é o verdadeiro teste, que mostra a categoria das pessoas e suas posições ante Deus. Certamente, o não acreditar em tudo isso é uma fonte de miséria e de apreensão. Deus diz a verdade ao declarar: “Em troca, quem desdenhar a Minha Mensagem, levará uma mísera vida, e o faremos comparecer, cego, no Dia da Ressurreição.” (Taha, 20:124)

Os textos do Alcorão vieram explícitos no significado que a religião de Deus é uma só e que Deus enviou profetas (a paz esteja com eles) complementando um ao outro a partir de Noé e terminando com Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz), como o Profeta Mohammad disse: "A parábula entre eu e os outros profetas antes de mim é o de homem que construiu um palácio, que decorou e embelezou, a não ser o local de um tijolo num de seus cantos. As pessoas que o visitavam passavam a admirá-lo e diziam, seria bom que o palácio fosse completado com o tijolo que está faltando. Eu sou esse tijolo, e sou o selo dos Profetas.” (Sahih Al Bukhari, v. 3, pág. 1300, número do hadice 3342.)

E a nossa prece final é louvado seja Deus e que as bênçãos e a paz estejam com todos os seus mensageiros.